Em Feu Rosa, na cidade da Serra, um quiosque localizado na praça central tornou-se alvo de uma grave denúncia. Segundo o Sargento da Polícia Militar Maurício de Souza, autoridade que frequentemente realiza manutenções e fiscalizações na área, o local vem sendo utilizado como ponto de facilitação para o tráfico de drogas. A questão vai além de um problema isolado: reflete a omissão do poder público municipal e a falta de uma política efetiva de ocupação ordenada dos espaços públicos.

De acordo com o sargento, a situação já é amplamente conhecida. A Prefeitura da Serra, que deveria ter agido há muito tempo, permanece inerte diante das evidências. Esse cenário levanta um questionamento crucial: de que adianta investir milhões na construção e reforma de praças, como foi feito em diversas localidades da cidade, se essas áreas acabam sendo entregues ao domínio do crime organizado?

A Urgência de Resgatar os Espaços Públicos

Praças são mais do que estruturas urbanas; são ferramentas coletivas de convivência e lazer. Elas têm o potencial de promover o bem-estar social, a interação comunitária e até o desenvolvimento econômico local. Contudo, quando mal geridas, tornam-se palco de violência, insegurança e degradação social.

A ocupação desordenada e a negligência na gestão desses espaços facilitam o avanço de atividades ilícitas. O caso do quiosque em Feu Rosa é um alerta para toda a sociedade serrana. Não se trata apenas de um problema local, mas de uma falha estrutural que afeta a qualidade de vida de todos os cidadãos.

O Papel do Poder Público e da Sociedade

É evidente que a Prefeitura precisa adotar uma postura proativa e firme. A simples reforma ou construção de espaços não basta; é preciso garantir sua segurança e usabilidade por meio de políticas públicas eficazes. Isso inclui:

Fiscalização contínua: a presença de guardas municipais e policiais militares pode inibir atividades ilícitas.

Programas de ocupação social: eventos culturais, esportivos e educacionais devem ser promovidos nas praças para atrair a comunidade.

Parcerias comunitárias: moradores, comerciantes e líderes locais devem ser envolvidos no cuidado e na vigilância dos espaços.

Por outro lado, a sociedade não pode se omitir. Cabe aos moradores de Feu Rosa e de outras regiões da Serra denunciar irregularidades e cobrar ações do poder público. O silêncio diante de situações como esta só fortalece a criminalidade e enfraquece a comunidade.

Uma Reflexão Necessária

O caso do quiosque em Feu Rosa simboliza um problema maior: a omissão do poder público na gestão de espaços públicos e a falta de políticas integradas de segurança e convivência. Resgatar esses espaços do controle do tráfico não é apenas uma questão de ordem pública, mas de dignidade para os cidadãos que vivem e circulam por esses locais.

É hora de agir. A Serra precisa de um governo municipal que enxergue a importância de suas praças e que as trate como prioridade. Só assim será possível construir uma cidade mais segura, inclusiva e humana para todos.