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A Herança da Farra de Vidigal: Tribunal de Contas barra aumento no salário do prefeito Weverson Meirelles

A Herança da Farra de Vidigal: Tribunal de Contas barra aumento no salário do prefeito Weverson Meirelles

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A gestão pública do município de Serra vive mais um capítulo que escancara os resquícios de uma velha política que insiste em sobreviver às custas do contribuinte. Desta vez, o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) barrou o aumento no salário do prefeito Weverson Meirelles, deixando claro que há limites para a perpetuação de práticas questionáveis no âmbito da administração pública.

O conselheiro Sérgio Aboudib, em decisão firme, não apenas suspendeu o reajuste, mas também determinou que o prefeito esclareça os fatos em até cinco dias, sob pena de multa. A postura do Tribunal reforça que, ao menos em algumas instâncias, ainda há quem trabalhe para proteger os cofres públicos e exigir justificativas para medidas que impactam diretamente os recursos destinados à população.

O caso expõe uma herança de desgoverno e descaso com a gestão responsável dos recursos públicos, fruto de quase três décadas de poder concentrado nas mãos de figuras como Vidigal e Audifax. A tentativa de aprovar um reajuste salarial, em um cenário onde a população enfrenta falta de serviços básicos e infraestrutura precária, é, no mínimo, um deboche com a realidade enfrentada pelos cidadãos.

Farra com dinheiro público ou planejamento negligente?
Embora ainda não tenham sido apresentados todos os argumentos da defesa de Meirelles, é imprescindível questionar: qual a justificativa para um aumento salarial diante de um município com sérias demandas sociais e econômicas? A gestão municipal não pode ser um palco para decisões pessoais e desconexas da realidade da população.

O conselheiro Aboudib fez bem em levantar o alerta, exigindo clareza e transparência no processo. A ameaça de multa é um sinal de que a velha política, acostumada a se beneficiar da inércia dos órgãos fiscalizadores, já não encontra o mesmo nível de complacência.

O preço da velha política
A herança de Vidigal não é apenas a perpetuação de um grupo político, mas também a consolidação de práticas que parecem colocar interesses pessoais acima das prioridades da população. Décadas de uma administração que priorizou conchavos e favorecimentos ao invés de gestão responsável resultaram em um município carente de atenção às áreas essenciais, como saúde, educação e segurança.

No entanto, é fundamental que as críticas sejam feitas com responsabilidade. É preciso aguardar os esclarecimentos do prefeito para que, de forma transparente, se entenda a motivação para tal aumento e se houve, de fato, desrespeito à legalidade e ao bom uso dos recursos públicos.

Chega de ciclos viciados
Esse episódio deve servir como um alerta para o povo da Serra: mudanças reais só acontecerão quando rompemos definitivamente com os ciclos políticos que mantêm as mesmas figuras e práticas no poder. O momento exige gestores que estejam alinhados com os interesses do povo, não de si mesmos.

O Tribunal de Contas está dando o primeiro passo ao barrar decisões duvidosas como essa. Agora, cabe aos eleitores da Serra, de refletirem e  darem o passo final e sepultarem, de vez, o ciclo de 28 anos de Vidigal e Audifax, onde Weverson é o verdadeiro poste desse período.

É hora de escolher gestores comprometidos com a ética, a eficiência e a transparência. Chega de aceitar que o município seja tratado como feudo de quem se perpetua no poder. A Serra merece mais.

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